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Pelos Caminhos de Jesus: Uma Jornada de 7 Dias na Terra Santa – Evangélico Duração: 7 dias

Pelos Caminhos de Jesus: Uma Jornada de 7 Dias na Terra Santa – Evangélico

           Guia Brasileiro em Israel, um Guia Especializado!

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1º DIA – CHEGADA EM ISRAEL (TEL AVIV – AEROPORTO BEN GURION)

Ao desembarcar no Aeroporto Ben Gurion, sentiremos a emoção de pisar na Terra Santa, a terra onde Jesus caminhou e onde tantas histórias da Bíblia se tornaram realidade. Nossa equipe lhe receberá calorosamente e auxiliará no processo de imigração.

Seguimos para o hotel em Tel Aviv, uma cidade vibrante à beira do Mar Mediterrâneo. O restante do dia será livre para explorar a orla marítima, desfrutando de sua atmosfera única, cafés charmosos e lojas exclusivas.

🛏 Tel Aviv

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2º DIA – TEL AVIV / JAFA / CESARÉIA MARÍTIMA / HAIFA / TIBERÍADES

Após o café da manhã, nossa jornada se inicia com uma emocionante peregrinação por Jaffa (Yafo, Jope), terra citada nas Escrituras (Josué 19.40-46). Este antigo porto bíblico (2 Crônicas 2,10-15) carrega a essência da história sagrada e nos convida a caminhar por suas ruas estreitas, imersos na atmosfera do bairro dos artistas. No coração de Jaffa, visitamos, um dos portos mais antigos do mundo, local onde a madeira vinda de Tiro foi recebida para a construção do primeiro e segundo templo. (1 Reis 5:6-10 e 2 Crônicas 2:3-8) Aqui, Jonas tentou fugir do chamado de Deus (Jonas 1:1-3), e Pedro na casa de Simao o curtidor de Peles teve a visão que abriu as portas da salvação aos gentios (Atos 9:36).

Seguimos rumo a Cesareia Marítima,

Ao nos aproximarmos de Cesareia Marítima, sentimos a brisa salgada do Mediterrâneo acariciar nossa pele, como se quisesse nos contar os segredos dessa cidade milenar. Aqui, onde o azul do mar se encontra com o dourado das ruínas, a história de impérios, fé e resistência ganha vida diante dos nossos olhos.

Construída pela grandiosa visão de Herodes, o Grande, Cesareia não foi apenas um porto, mas um símbolo de poder e inovação. É impossível não imaginar o esplendor de seus dias de glória, quando embarcações de todos os cantos do império aportavam em seu magnífico porto artificial, um feito de engenharia que desafiava as forças da natureza.

Adentramos as ruínas do palácio de Herodes, que se projetava elegantemente sobre o mar. Suas colunas ainda sussurram histórias de conspirações, alianças forjadas no brilho do ouro e decisões que mudaram o destino da Judeia. Ao caminhar pelos mosaicos desgastados pelo tempo, quase podemos ouvir o murmúrio de cortesãos e centuriões debatendo os rumos da província, enquanto Herodes admirava o horizonte a partir de sua luxuosa piscina à beira-mar.

Em seguida, pisamos no hipódromo, onde a terra ainda guarda as marcas dos cascos dos cavalos que um dia cortaram o ar, puxando carruagens a uma velocidade vertiginosa. O clamor ensurdecedor da multidão ecoa em nossa imaginação, enquanto aurigas desafiavam o destino em corridas frenéticas. Mas entre os jogos e o entretenimento, este também foi um local de sofrimento: aqui, mártires cristãos e Judeus enfrentaram a perseguição e derramaram seu sangue, mantendo-se inabaláveis em sua fé.

O teatro romano, com suas arquibancadas voltadas para o mar, ainda ressoa com os aplausos das elites que vinham se deslumbrar com espetáculos grandiosos. Se fecharmos os olhos, podemos quase ouvir o som das liras e das declamações que uma vez encheram esse espaço de vida e arte. Mas sob essa fachada de esplendor, a cidade escondia momentos de tensão e desafios.

No coração de Cesareia, entre suas fortalezas imponentes, um dos maiores protagonistas do cristianismo viveu seus dias de incerteza: o apóstolo Paulo. Acusado de agitar a população judaica, foi mantido preso por dois anos, aguardando seu julgamento. Dentro dessas muralhas, ele enfrentou os governadores Félix e Festo, defendendo sua fé com palavras tão afiadas quanto qualquer espada. As pedras desse cárcere, hoje silenciosas, já ouviram orações fervorosas e discursos poderosos que ecoaram pelos corredores da história (Atos 27).

Deixamos a cidade e seguimos até o antigo aqueduto romano, uma maravilha arquitetônica que atravessa a paisagem com sua sequência de arcos elegantes. Por séculos, essas estruturas trouxeram água fresca do Monte Carmelo, abastecendo a cidade com um recurso vital. Mesmo depois de tanto tempo, suas fundações permanecem firmes, um testemunho da genialidade romana e da prosperidade que Cesareia desfrutou em seus dias de esplendor.

Nossa jornada continua rumo a Haifa, onde o azul do Mediterrâneo se funde ao verde exuberante das colinas, criando um cenário de beleza arrebatadora. Mas Haifa não é apenas um espetáculo para os olhos; ela pulsa com uma espiritualidade profunda, entrelaçando histórias de fé, desafios e devoção.

Seguimos a Haifa terceira maior cidade em importância onde se encontram os Jardins Bahá’í, um oásis de perfeição geométrica e tranquilidade, descem em terraços majestosos até o coração da cidade. Patrimônio da UNESCO, esses jardins não são apenas um espetáculo visual; eles refletem a essência da fé bahá’í, uma religião que prega a unidade de todos os povos e crenças.

Os bahá’ís, seguidores de Bahá’u’lláh, vivem segundo princípios de paz, justiça e igualdade. Sem clero, sem rituais fixos, sua espiritualidade se expressa na busca pelo bem comum e na convicção de que todas as religiões vêm de uma única fonte divina. Haifa abriga o Santuário do Báb, um dos locais mais sagrados da fé bahá’í, onde repousa o precursor dessa religião

Caminhamos por essas paisagens sagradas com a sensação de que Haifa é um ponto de encontro entre o passado e o futuro, entre a tradição e a renovação espiritual. Do Monte Carmelo, o olhar se perde no horizonte, onde avistamos, ao longe, a linha do horizonte onde o Líbano se encontra com o mar e o céu.

Subimos ao topo do Monte Carmelo, em Muhraqa, onde o vento sopra histórias antigas e o horizonte se desenha como uma tapeçaria sagrada. Estamos pisando em um solo onde o próprio céu parece ter se curvado para testemunhar um dos momentos mais poderosos da Bíblia: o confronto entre Elias e os profetas de Baal.

Aqui, sobre as colinas que dominam o Vale de Jezreel, Elias desafiou 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aserá, ordenando que dois altares fossem preparados. Os sacerdotes pagãos clamaram a seus deuses, dançaram, cortaram-se em transe…, mas o silêncio foi a única resposta. Então, Elias ergueu sua voz e clamou ao Deus de Israel. De repente, o céu se abriu, e um fogo divino desceu sobre o altar, consumindo o sacrifício, a madeira, as pedras e até a água derramada ao redor.

Neste exato local, uma estátua de Elias de espada em punho nos lembra da vitória daquele dia. “O Senhor é Deus!” – o povo gritou, caindo sobre seus rostos. Os falsos profetas foram levados ao Rio Quisom, que serpenteia pelo vale abaixo, e ali enfrentaram seu destino.

Elias não apenas invocou fogo do céu; ele também orou para que a chuva voltasse a Israel após anos de seca. Do topo do monte, seu servo avistou uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem surgindo no horizonte. Logo, o céu se enegreceu, e uma tempestade trouxe vida de volta à terra sedenta.

Do Carmelo ao Armagedom, este é um lugar onde o passado e o futuro se entrelaçam, onde a voz dos profetas ainda parece ecoar no vento. Estamos sobre um solo de fogo, fé e destino.

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Diante de nós, a vastidão do Vale de Jezreel, conhecido também como Vale do Armagedom (Apocalipse 16:16), se estende como um palco preparado para os eventos finais da história. As profecias indicam que aqui ocorrerá a batalha definitiva entre as forças do bem e do mal. O solo que um dia presenciou a vitória de Elias sobre a idolatria será, segundo a tradição, o campo onde o último confronto se desenrolará.

No horizonte, podemos avistar Nazaré, onde Jesus passou sua infância e juventude. Entre os montes verdejantes e as aldeias bíblicas que pontilham o vale, imaginamos Maria e José caminhando pelas colinas, sem saber que aquele menino mudaria o curso da humanidade.

Além da espiritualidade e das profecias, este monte tem uma importância estratégica até hoje. Olhando com atenção, podemos ver pistas de pouso camufladas, utilizadas por aeronaves da Força Aérea Israelense. O Monte Carmelo, com sua posição elevada, serve como um ponto de vigilância essencial para a segurança da região, ecoando sua importância nos tempos antigos e modernos.

Encerramos nosso dia na histórica cidade de Tiberíades, às margens do lendário Mar da Galileia. As águas que presenciaram os milagres e ensinamentos de Jesus seguem inspirando peregrinos e devotos.”,

🛏 Tiberíades (Tiberias)

3º DIA – PELAS ÁGUAS DA GALILEIA: TABGHA, CAFARNAUM, MAGDALA E O RIO JORDÃO

O dia amanhece sobre a Galileia, e com ele seguimos os passos de Jesus pelos locais onde Ele ensinou, operou milagres e transformou vidas.

Nossa jornada começa em Tabgha, local do milagre da multiplicação dos pães e peixes (Marcos 6:30-44). Na Igreja da Multiplicação, contemplamos o icônico mosaico bizantino que representa os cinco pães e dois peixes oferecidos a Jesus. Ali, lembramos que a fé multiplica o pouco e sacia multidões.

A poucos passos, chegamos à Igreja do Primado de Pedro, à beira do Mar da Galileia. Sentimos a serenidade do lugar onde, após a ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos e confirmou Pedro como primeiro pastor : “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21:17).

Seguimos para Cafarnaum, a “cidade de Jesus”. Caminhamos entre as ruínas da casa de Pedro (Lucas 4:38), onde sua sogra foi curada por Jesus, e entramos na antiga sinagoga onde Ele ensinava e operava milagres (Marcos 1:21-28).

Subimos ao Monte das Bem-Aventuranças, onde, cercados pela paisagem tranquila da Galileia, relembramos as palavras do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5:3).

Nossa peregrinação continua com uma visita especial a Magdala, cidade natal de Maria Madalena. Aqui, percorremos as escavações de uma antiga sinagoga do século I, possivelmente frequentada por Jesus.

A experiência se aprofunda ao embarcarmos em um barco para atravessar o Mar da Galileia, revivendo os momentos em que Jesus acalmou a tempestade, caminhou sobre as águas (Mateus 14:22-33) e concedeu a Pedro e seus discípulos a pesca milagrosa (Lucas 5:1-11). Deixamos que as águas contêm as histórias de fé, dúvida e entrega que marcaram os apóstolos.

Nosso dia sagrado se encerra no Rio Jordão, Jesus foi batizado por João Batista (Mateus 3:13-17). Às margens deste rio, temos a oportunidade de nos batizar, mergulhando na espiritualidade que há séculos faz deste lugar um símbolo de nova vida.

Com o coração pleno e renovado, encerramos o dia conscientes de que caminhamos por terras onde o divino tocou a humanidade.

🛏 Tiberíades (Tiberias)

4º DIA – BEIT SHEAN, QUMRAN, BANHO NO MAR MORTO, JERICÓ E CHEGADA A JERUSALÉM

Nos despedimos das águas serenas do Mar da Galileia, cujas ondas sussurram histórias de fé e milagres, e partimos rumo ao passado sombrio e fascinante de Beit Shean, uma das cidades da Decápolis.

Ao nos aproximarmos das grandiosas ruínas romanas, o brilho do sol reflete sobre colunas que um dia sustentaram templos e teatros luxuosos. Mas, por trás da beleza, esse solo guarda um dos momentos mais trágicos da Bíblia.

Após a derrota do exército de Israel pelos filisteus no Monte Gilboa, o corpo de Saul, o primeiro rei de Israel, e de seu fiel filho Jônatas foram trazidos para cá. Como um macabro troféu de guerra, suas cabeças foram expostas nas muralhas da cidade, um aviso cruel para todo o povo de Israel (1 Crônicas 10).

Ao caminharmos entre as majestosas ruínas de Beit Shean, uma das cidades mais esplêndidas da Decápolis romana, percebemos que algo interrompeu seu esplendor. Colunas caídas, templos despedaçados e ruas de pedra deslocadas contam uma história de destruição repentina – a marca de um evento cataclísmico que mudou para sempre o destino desta cidade no ano 749.

Um poderoso terremoto, parte de uma série de abalos que devastaram a região do Vale do Jordão e da Galileia, sacudiu Beit Shean até suas fundações. Em questão de segundos, edifícios suntuosos que haviam testemunhado séculos de glória desabaram como castelos de areia.

O tremor foi tão intenso que destruiu cidades inteiras, de Tiberíades a Jericó, matando milhares de pessoas. A magnitude exata desse terremoto é estimada em 7.0 ou mais na escala Richter, com epicentro na Falha do Vale do Jordão, parte do Grande Vale do Rift, que atravessa Israel.

Antes do terremoto, Beit Shean era uma metrópole florescente, repleta de anfiteatros, templos, banhos romanos e colunatas imponentes. Era um centro de cultura e comércio, estrategicamente localizado entre o Egito e a Mesopotâmia.

Mas, após o desastre, a cidade nunca mais se recuperou totalmente. A destruição foi tão extensa que os habitantes abandonaram as ruínas, e Beit Shean foi engolida pelo tempo, seu esplendor romano enterrado sob a poeira do deserto.

Ao explorar as ruínas hoje, é possível ver colunas caídas exatamente como tombaram naquele dia, um lembrete impressionante da força destrutiva do terremoto. Algumas estruturas foram preservadas quase como estavam no momento do colapso, permitindo-nos imaginar o pânico e a correria dos habitantes ao verem o mundo desmoronar ao seu redor.

Passaremos perto do Monte Gilboa, onde Saul e seus filhos caíram diante dos filisteus. O vento sopra forte entre as árvores, como se ainda carregasse o lamento de Davi, que chorou a morte de seu melhor amigo, Jônatas:

“Como caíram os valentes no meio da batalha! Jônatas, sobre os teus montes, foi morto!” (2 Samuel 1:25)

Até hoje, as encostas do Monte Gilboa permanecem em grande parte áridas, um testemunho da maldição de Davi sobre este lugar: “Sobre vós, ó montes de Gilboa, não caia orvalho, nem chuva…” (2 Samuel 1:21).

Abandonamos os campos e montanhas verdes e entramos na vastidão infinita do Deserto da Judeia. As paisagens áridas e os penhascos dourados parecem saídos de outra era, um cenário onde o tempo se curva diante da eternidade.

Em meio a essa terra estéril, chegamos a um dos sítios arqueológicos mais enigmáticos da história: Qumran. Aqui, entre cavernas ocultas e o silêncio absoluto do deserto, um segredo permaneceu enterrado por séculos, esperando ser revelado.

Foi em 1947, quando um jovem beduíno lançou uma pedra dentro de uma gruta, que o destino da arqueologia bíblica mudou para sempre. O som de um jarro quebrando ecoou pelas rochas, e ali, envoltos em pergaminhos, estavam os Manuscritos do Mar Morto – os textos bíblicos mais antigos já descobertos.

Escritos pelos essênios, uma comunidade misteriosa que buscava pureza espiritual afastada do mundo, esses manuscritos preservaram trechos da Torá, dos Salmos e do livro de Isaías com uma precisão impressionante.

O que mais o deserto ainda esconde? Que segredos aguardam o próximo explorador?

Seguimos para Jericó, uma das cidades mais antiga do mundo. Avistamos o Monte da Tentação, onde Jesus jejuou por 40 dias e enfrentou as tentações do diabo (Mateus 4:1-11). Visitamos também a Fonte de Eliseu e a famosa Árvore de Zaqueu, onde o cobrador de impostos subiu para ver Jesus, sendo então transformado pela graça divina (Lucas 19:1-10).

Mar Morto, o ponto mais baixo da Terra, 430 metros abaixo do nível do mar. Suas águas carregam uma densidade tão alta de sal que impossibilitam o afundamento. Ao entrar nelas, experimentamos a sensação única de sermos sustentados pelas águas, como se o próprio mar nos acolhesse.

Assim como reis e viajantes da antiguidade, cobrimos nossa pele com a lama negra rica em minerais, usada há séculos por suas propriedades terapêuticas. Enquanto o sol brilha sobre o deserto, sentimos na pele os efeitos rejuvenescedores deste presente da natureza, cuja composição única não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Ao longo dos séculos, este mar testemunhou civilizações, impérios e profetas que passaram por suas margens. Hoje, ao flutuarmos sobre suas águas serenas, somos parte dessa história.

Importante:

🔹 O fundo do Mar Morto é coberto por pedras de sal cristalizadas, que podem ser afiadas. Para evitar lesões, recomendamos o uso de sapatos aquáticos ou sandálias.

sugerimos trazer uma toalha para seu conforto. No local, há vestiários e chuveiros disponíveis

🔹 Cuidados com a saúde: A água possui altíssima concentração de minerais, o que pode não ser adequado para todos. Pessoas com problemas de saúde, hipertensão ou pele sensível devem consultar um médico antes de entrar.

🔹 Precauções ao entrar na água: Não molhe a cabeça ou os olhos, pois a água extremamente salgada pode causar forte irritação. Leve uma garrafa de água para enxaguar os olhos caso necessário.

Desfrute desta experiência única com segurança!

Nossa jornada se conclui em Jerusalém, a cidade santa onde Jesus entregou Sua vida por nós. Ao nos aproximarmos, contemplamos a cidade do alto, relembrando o momento em que Jesus chorou por ela (Lucas 19:41).

🛏 Pernoite em Jerusalém.

 

  

5º DIA – JERUSALÉM: OS ÚLTIMOS PASSOS DE JESUS

O dia começa no Monte das Oliveiras, de onde Jesus ascendeu aos céus (Atos 1:9-12), onde Jesus frequentemente se retirava para orar. Lá do alto, contemplamos a grandiosidade da Cidade Santa, exatamente como Jesus a viu. Lemos juntos o Salmo 122, que fala sobre a paz de Jerusalém, e refletimos sobre o significado desta cidade ao longo da história bíblica.

Descemos pelo caminho onde aconteceu a Entrada Triunfal de Jesus em um domingo especial, quando a multidão O recebeu com ramos e cânticos de “Hosana ao Filho de Davi!” (Mateus 21:1-11). Caminhando por este trajeto, nos transportamos para aquele momento em que a esperança messiânica enchia os corações do povo.

A primeira parada é na Igreja Dominus Flevit, cujo nome significa “O Senhor chorou”. É um dos momentos mais comoventes da jornada, pois aqui Jesus chorou sobre Jerusalém, prevendo sua destruição (Mateus 24:37-39). Diante da paisagem da cidade antiga, imaginamos esse instante de profunda dor e compaixão do Mestre por Seu povo.

Seguimos para o Getsêmani, um dos lugares mais emocionantes da viagem. Este é o jardim onde Jesus orou na noite anterior à Sua crucificação, em uma angústia tão intensa que Seu suor se tornou como gotas de sangue (Mateus 26:36-46). As oliveiras milenares ali presentes podem ter sido testemunhas daquele momento de rendição total à vontade do Pai

“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).

Saindo da basílica, seguimos em direção à Gruta do Getsêmani,

A atmosfera da gruta é transmitida pelo peso dessa lembrança. As sombras das tochas parecem ainda dançar nas paredes de pedra, como se a cena estivesse eternamente impressa no local. O visitante que aqui entra sente a tensão naquele instante, como se as palavras de Jesus – “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?”– ainda eco

 

Nossa próxima parada é o Cenáculo, a sala onde aconteceu a Última Ceia. Neste ambiente, Cristo compartilhou o pão e o vinho com Seus discípulos, instituiu a Santa Ceia e anunciou a nova aliança (Mateus 26:17-30). Também foi aqui que os discípulos se reuniram após a ressurreição e onde receberam o Espírito Santo no Pentecostes (Atos 2). e logo ao lado, o Túmulo do Rei Davi, um dos lugares mais venerados do judaísmo.

Seguimos pelo souk árabe, onde o ar é impregnado pelo aroma doce da canela e do cardamomo, misturando-se ao cheiro de pães recém assados e falafels crocantes. O brilho dourado das lâmpadas ornamentadas reflete nos tecidos coloridos que dançam ao vento, enquanto os vendedores nos chamam com um sorriso, oferecendo joias, essências e lembranças que parecem conter fragmentos da própria alma da cidade.

As ruas estreitas, pavimentadas com pedras alisadas pelo tempo e por milhões de peregrinos, nos guiam por um labirinto de histórias. Passamos pelos quatro quarteirões da cidade velha – o judeu, o cristão, o muçulmano e o armênio – onde culturas e crenças se entrelaçam em um mosaico único.

O eco dos nossos passos ressoa nas muralhas ancestrais enquanto seguimos um caminho repleto de fé e significado. Então, em meio ao burburinho do mercado e ao mistério das vielas, chegamos ao início de uma jornada sagrada: a Via Dolorosa, a Via Sacra.

 

Em silêncio e profunda reflexão, iniciamos a caminhada pela Via Dolorosa, refazendo os passos de nosso Salvador rumo ao Calvário. Cada pedra, cada esquina deste caminho sagrado ecoa o sacrifício supremo de Jesus, que carregou sobre si as dores do mundo para nos trazer redenção.

Ao sairmos das muralhas da cidade, nossos corações se voltam ao Jardim do Túmulo, onde a cruz ergueu-se, o corpo foi sepultado e, no terceiro dia, a vitória se manifestou!

Diante do Túmulo Vazio, a cena que mudou para sempre a história da humanidade se torna viva diante de nós. A pedra removida, o sepulcro em silêncio, o eco da promessa cumprida:

“Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou!” (Lucas 24:5-6)

É tempo de celebração, tempo de esperança renovada, tempo de proclamar que Jesus venceu a morte!

Na comunhão da Santa Ceia, reafirmamos nossa fé e aguardamos com alegria o dia de Sua volta!

“Porque eu vivo, vós também vivereis.” (João 14:19)

Cristo vive! Aleluia!

Encerramos o dia no Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado para o povo judeu e a última lembrança do majestoso Templo de Herodes. Estes restos são tudo o que permanece da grande estrutura onde Jesus pregava e ensinava aos seus discípulos. Diante deste muro histórico, refletimos sobre a conexão entre as promessas bíblicas e a fé que atravessa gerações.”

🛏 Pernoite em Jerusalém.

6º DIA – BELÉM, HERODION E A HISTÓRIA DA BÍBLIA NO MUSEU DE ISRAEL

Hoje, nossa jornada nos conduz a Belém, a cidade profetizada como o berço do Rei dos Reis. Ao atravessarmos seus portões, ressoam em nossas almas as palavras do profeta Miqueias:

“E tu, Belém de Éfrata, pequena entre os clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que será o governante de Israel.” (Miqueias 5:2)

Nosso primeiro destino é a Basílica da Natividade, um dos locais mais antigos em uso contínuo. Ao cruzarmos suas portas baixas, nos inclinamos não apenas fisicamente, mas espiritualmente, lembrando da humildade do Salvador, que escolheu vir ao mundo não em um palácio, mas em uma manjedoura simples.

Descemos até a Gruta da Natividade, onde uma estrela de prata marca o local sagrado do nascimento de Jesus. Aqui, relembramos a noite em que Maria, envolta em simplicidade e fé, trouxe ao mundo o Cordeiro de Deus:

“E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lucas 2:6-7)

Seguimos para a Gruta de São Jerônimo, onde este grande estudioso dedicou sua vida à tradução da Bíblia para o latim – a Vulgata. Este trabalho monumental abriu caminho para a difusão das Escrituras por toda a cristandade, permitindo que o Evangelho se espalhasse aos quatro cantos do mundo.

Deixamos o centro de Belém e seguimos para um local de grande simbolismo: o Campo dos Pastores. Foi aqui que os humildes pastores receberam a notícia que mudaria a história da humanidade.

“Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10-11)

Entre as colinas tranquilas, imaginamos o brilho celestial iluminando a noite e a canção dos anjos ecoando sobre os campos:

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade!” (Lucas 2:14)

Nos despedimos de Belém e seguimos para o Herodion, uma das mais impressionantes construções do rei Herodes, o Grande. Esta fortaleza-palácio, construída sobre uma colina artificial, serviu como um símbolo de poder e vaidade, mas também como sua última morada.

Das alturas do Herodion, contemplamos uma vista panorâmica do Deserto da Judeia, do Mar Morto e até mesmo de Jerusalém. Ao caminhar por seus corredores subterrâneos e cisternas impressionantes, refletimos sobre o contraste entre o reino passageiro dos homens e o Reino eterno de Deus.

Herodes construiu este local para imortalizar sua glória terrena, mas, ironicamente, foi ele quem tentou apagar a luz do Rei dos Reis, ordenando a matança dos inocentes (Mateus 2:16). Enquanto Herodes foi sepultado em seu palácio, Jesus ressuscitou gloriosamente, provando que seu Reino não é deste mundo.

Para encerrar nosso dia, visitamos o Museu de Israel, onde contemplamos a Maquete de Jerusalém no século I. Esta impressionante recriação nos transporta à época de Jesus, revelando como era a cidade que testemunhou seus milagres, sua paixão e sua ressurreição.

Observamos o Templo de Herodes, as ruas de pedra, as muralhas que cercavam a cidade, imaginando Jesus caminhando entre elas, ensinando, curando, e preparando o caminho para a redenção da humanidade.

Este dia foi um verdadeiro mergulho na história da fé. De Belém ao Herodion, do anúncio angelical aos pastores ao contraste entre o poder humano e o plano divino, cada local nos revelou um aspecto mais profundo da obra de Deus.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros; e ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)

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🛏 Pernoite em Jerusalém

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7º DIA – DESPEDIDA DE JERUSALÉM E TRASLADO AO AEROPORTO

O amanhecer em Jerusalém traz consigo o peso da história e a grandiosidade da fé que ressoa por suas ruas de pedra. Após dias intensos de peregrinação, revivendo os passos de patriarcas, profetas e do próprio Jesus, chega o momento de nos despedirmos da Terra Santa.

Antes da partida, fazemos uma última contemplação desta cidade única, cujos muros guardam séculos de promessas, milagres e transformações. Da mesma forma que os peregrinos de gerações passadas levavam consigo a poeira sagrada de Jerusalém em suas vestes, levamos agora em nossos corações as marcas desta jornada espiritual.

Em horário apropriado, seguimos para o aeroporto com assistência no traslado, garantindo um embarque tranquilo. Enquanto nos afastamos, olhamos uma última vez para a terra onde Deus escolheu revelar Seu amor à humanidade, sabendo que esta experiência nos acompanhará para sempre.

Como diz o Salmo:

“Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha mão direita definhe! Que minha língua se prenda ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti, se eu não fizer de Jerusalém a minha maior alegria!” (Salmos 137:5-6)

A Terra Santa não é apenas um destino, mas um chamado. Partimos fisicamente, mas deixamos um pedaço de nossa alma entre suas colinas e muralhas sagradas.

Shalom! e até a próxima peregrinação!

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